Qual será futuro do esporte pós-Covid?
A pergunta não quer calar: Qual
será o futuro dos esportes no Brasil e pelo mundo?
Infelizmente o futuro e incerto.
Os clubes brasileiros passam por
dificuldades ainda maiores frente aos Europeus; como exemplo no simples fato de
não ter como pagar salários sem jogos. Numa economia antes debilitada, e hoje a
maior parte das pessoas perderam suas rendas devido a pandemia.
Mesmo diante dessa catástrofe,
vejo com bons olhos o retorno dos esportes no Brasil (obviamente com todos os
cuidados possíveis) essa sensação de superação me traz animo em confrontar as
dificuldades saber que é possível voltar à normalidade mesmo como ameaça do
Covid 19, a nossa sombra.
Faremos assim um exercício
baseado em informações sobre o retorno dos esportes, para isso será necessário
traçar os prováveis cenários que permitam ajustar a rota. Foquemos no Brasil
pois aqui as dificuldades burocráticas são maiores. É preciso lembrar que
clubes brasileiros foram os mais atingidos pela Covid-19, e antes mesmo da
pandemia surgir no mundo já estavam em estado de calamidade financeira.
É importante ressaltar os clubes
brasileiros que pedem socorro hoje, já empurravam os atrasos de salários e a má
gestão, dentro da normalidade no nosso futebol.
Problemas de receita
Os problemas dos clubes são
vários, e assim dificulta a receita em se manter no mercado. Entenda aquele seu
clube do coração é uma empresa que oferece seu produto e toda empresa precisa
ter seus clientes satisfeitos, e assim quanto mais renda é gerada mais
qualidade nos produtos lhe são oferecidas.
O entretenimento nos esportes são assim. Ganha-se mais dinheiro que
recebe mais dinheiro.
Já que por meio da pandemia houve
a suspenção dos jogos televisíveis nos estádios, não seria possível alcança o público
alvo e assim a emissora responsável por transmitir os eventos não lucra e
consequentemente não pagam os clubes, bem como os patrocinadores.
Sem receita não há dinheiro de
bilheteria pois o público não irá aos estádios; entre outros problemas a também
a receita dos programas de sócio torcedor, mantenedor de boa parcela que não
conseguem seguir com os pagamentos, pois também estão perdendo renda devido ao
impacto da pandemia. Mesmo assim a dívida se acumula, os clubes não geram
renda, os custos permanecem quase todos estão aqui, uma vez que os salários dos
funcionários e atletas representam, em média, 65% da receita total do clube.
Sem contar com os atletas que
seriam os principais garotos propaganda, os representantes do clube em
campo são eles a vitrine dos novos
patrocinadores; ou seja quanto maior e
melhor for o desempenho dos atletas mais lucratividade pode trazer para o clube
quanto mais talentosos e visualizados for nos campos mais oportunidades de
serem negociados nas janelas por meio de temporadas deixam de aparecer.
Driblando as dificuldades
Alguns clubes brasileiros
conseguiram de certa forma driblar as dificuldades reduzindo salários, e
manobras desse tipo não é fácil.
Clubes com receitas mais solidas
conseguiram ajustar e reduzir os salariais “amigavelmente”, e isso é mais fácil
quando o clube se propõe a pagar em dia os salários. Outros clubes, que passam
por dificuldades de receita como atrasos salariais com mais de 60 dias, possuem
maiores dificuldades em fechar acordos, os prejuízos desses cenários sem
partidas são muito ruins para ambos os lados.
Dessa forma, a TV pode retomar os
pagamentos aos clubes, e mesmo os patrocinadores mais robustos seguirão com
suas obrigações em dia. Porque é possível que alguns patrocinadores menores
deixem definitivamente o futebol, por pura incapacidade financeira. Mas não
podemos ignorar o fato de que esporte mais popular do país movimenta cerca de
0,74% do PIB brasileiro e emprega, direta e indiretamente, mais de 150 mil
pessoas no país, segundo estudo da EY para a CBF, o Relatório de Impacto do
Futebol Brasileiro.
Naturalmente, a ausência de público
nos estádios não ajuda a recuperar a totalidade dos empregos, mas é importante
para uma parte deles. E ninguém que debate a volta das partidas de futebol
ignora que a avaliação é puramente financeira.
Bem esperemos que os pontos se
liguem e que o bom e velho futebol brasileiro volte.
Um grande abraço.
Em breve a segunda parte será
postada
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