julho 08, 2020


Agora irão dizer que é censura e que Bolsonaro o está perseguindo.
A Polícia Federal vai investigar o colunista da Folha de São Paulo, Hélio Schwartsman, que afirmou, em texto publicado ontem 07/07, torcer pela morte de Jair Bolsonaro. Schwartsman poderá ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, pelo suposto crime de calúnia ou difamação do presidente da República ou outros chefes de Poderes, com pena de 1 a 4 anos de reclusão.
Mais cedo postei o artigo falando a respeito.

Com o título “Por que torço para que Bolsonaro morra”, Schwartsman argumentou que “o sacrifício de um indivíduo pode ser válido, se dele advier um bem maior”.

Em seu artigo 20, a Lei 7.170, que estabelece os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, contém os crimes pela “prática de atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas”.
O ministro da Justiça, André Mendonça, afirmou que vai solicitar a Polícia Federal que abra inquérito contra o filósofo e jornalista Helio Schwartsman. De acordo com o ministro, as diligências serão abertas com base em um artigo de opinião escrito para o jornal Folha de S. Paulo.

No texto, o comunicador defende que o presidente "Jair Bolsonaro morra", em razão da infecção pelo novo coronavirus. O chefe do Executivo testou positivo para covid-19 nesta terça-feira (07).

"Bolsonaro está com covid-19. Torço para que o quadro se agrave e ele morra. Nada pessoal", escreveu Helio.como se a afirmação dele não fosse grave o suficiente. De acordo com o autor do texto, o presidente indo a óbito milhares de vidas seriam poupadas, tendo em vista que o chefe do Poder Executivo "minimiza os efeitos da pandemia".

O ministro da Justiça afirmou que o pedido será baseado na Lei de Segurança Nacional. "Diante disso, quem defende a democracia deve repudiar o artigo “Por que torço para que Bolsonaro morra”. Assim, com base nos artigos 31, IV; e 26 da Lei de Segurança Nacional, será requisitada a abertura de inquérito à Polícia Federal", escreveu Mendonça no Twitter.